terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Segredo

Contarei um segredo;
delicado e inesperado.
Ainda carrego insegurança,
após te-lo deixado.

Alimentei o sentimento.
Omiti.
Flutuei com a solidão.
Lapidei meu medo por anos,
afogando num mar de desilusão.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Fuga

Enquanto tiver luz
há esperança,
enquanto o mundo abriga
minha dor...


Há uma fuga no caminho.

Fuga...
Desejo de quem ama,
sem ser amado.
Fuga,
dor que alimenta
todo coração sem luz.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

COMO O PARAÍSO - THE CURE


"Me mostre, me mostre, me mostre como você faz esse truque.""O único que me faz gritar..." - ela disse."O único que me faz sorrir..." - ela disse.E atirou os braços em volta do meu pescoço.Me mostre como você faz issoE eu te prometo, eu te prometo queEu fugirei com você.Eu fugirei com você...

Girando até ficar tonto,Eu beijei seu rosto, beijei sua cabeçaE sonhei com todas as maneiras diferentesde fazer ela brilhar."Por que você está tão longe?" - ela disse."Por você nunca soubeque eu estou apaixonada por você?Que eu estou apaixonada por você"

Você... Suave e única.Você... Perdida e sozinha.Você... Estranha como os anjos.Dançando nos mais profundos oceanos,Girando na águaVocê é como um sonho,Assim como eu tenho sonhado.

A luz do dia me deixou em forma,Eu devo ter adormecido por dias.E movi meus lábios para respirar seu nome,Eu abri meus olhosE me encontrei sozinho, sozinho, sozinho...Acima de um mar revoltoQue roubou a única garota que eu ameiE afogou-a dentro de mim.

Você... Suave e única.Você... Perdida e sozinha.Você... É como o paraíso.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Nuvem negra

Foi uma nuvem negra,
Que pairou sobre a cabeça.
Foi um furacão,
Que levou os pertences,
Trancados no porão.

Foi magia negra,
Que não permitiu arrebentar
Os laços da união.
O vento soprou,
Um sopro fugaz.
O vento levou


O que a vida enjaulava...
Acorrentava...

O vento derramou o sangue
da dor,
Suspiro ingênuo que amedronta
O possuidor.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Só um pensamento qualquer...

Escrevo...
Pois só restam-me palavras.
A minha voz ressoada
Já não existe.

Escrevo...
Pois as minhas mãos
Precisam estar cansadas.
Após o manuscrito,
posso aliviar essa ociosidade.

Escrevo...
Quando não estou seca de ideias.
Quando as letras pulam da garganta
e saltam como um suicídio.

Escrevo.
Escrevo?

Jéssica Aline ( AM 10:38 22/05/2011)

Azar

Um amuleto seria,
se minha intuição
fosse tão forte,
quanto o vento.
Os pensamentos se contradizem
diante das atitudes.
Alucinaçoes;enxaquecas...
Mais um espelho quebrado.
Confusão, amor e mentiras...
Sete anos despedaçados.

Minha bola de cristal errou,
a desejada reconciliação,
festejou bodas de prata.
Sorri:
recordando a outrora relembrada.

Gostaria que minha intuição
fosse tão forte,
a ponto de acreditar em vidas
estragadas,
ao passar por debaixo da escada.

Ou até mesmo,
Se desesperar.
Se um gato preto passar.

O azar é tão calculado.
Usamos como motivo.
Muitos vegetam,
esperando a sorte chegar
pra vida mudar.



Jéssica Aline (escrito em 20/03/2011)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Sua máscara

As bonequinhas de luxo chegaram,
plantando árvores;
conscientizando homens.

As bonequinhas de luxo
abordaram...
E foram abordadas.

As bonequinhas usam máscaras,
elas fumam e fazem sexo a vontade.


As bonequinhas estão em nós.
No consciente...
No mais puro desejo.
Pois somos humanos...
E usamos máscaras.

A lua hoje

Ainda espero
uma grande revelação.
Espero uma mensagem,
sem bajulação.

A esperança insiste
em ficar,
todavia tentará colocar
alguém em seu lugar.

A lua cheia que vi,
ao sair de casa;
Trouxe lembranças,
que não deveriam ser
Recordadas.

A lua que fascina tanto
sem esconder os encantos.
Os meus olhos resultam
Em sofrimento
quando ela vai embora.

A lua foi-se triste.
Pois presenciou
meu planto.
Antes enxugou minhas lágrimas;
e clareou o caminho
de volta pra minha casa.

Jéssica Aline (Não anotei a data mas tambem
foi em 2008)

domingo, 1 de maio de 2011

Boneca quebrada

Boneca quebrada
abandonada,
que nunca saiu da casa
de brinquedos.
Até que apontem,
A válvula que indique:
detector de desejos.

Os desejos ficam guardados;
e somem como cinzas
da morte.
Esquema profundo sem volta,
sistema obscuro...
até o processo de montagem.

O corpo de plástico;
olhos de vidro;
roupas manufaturadas,
de tecelagem.

A morte não chega,
crianças aparecem,
e somem com seu coração.
A ultima arrancou o braço
direito,
que lhe custou ficar aqui,
nesta prisão.

A boneca quebrada,
não vale mais nada.
O coração humano permanece,
escuro e sombrio
como pulmão de nicotina.
Esquema perfeito,
para arrancá-lo do peito.

Sua flor

Sua flor era de campo
e suspirava.
Sua flor
com os olhos transmitia medo
e chorava...

Sua flor.
Oh!Minha flor,
que tanto lhe amava
e depois odiou.

Sua flor que esperou por tempos.
E não cansava,
esperava.

Antagônica era,
ou espinhos tomaram conta dela.
A flor no antigo ressoar.
E que vive a sonhar...
A flor negra que espera
o tempo enterrar.

Quantas flores pra ti

não existiram,
antes de sua mentira funcionar?

sábado, 30 de abril de 2011

A natureza "reza"

O tempo nos concede
Coisas tão banais.
Ignoramos a beleza celestial
Com base num respeito carnal.

Ameaça que vem ligeira
E sufoca...
Até que todas as árvores
Estejam derrubadas.

Estamos mortos?
Alguém concedeu
Liberdade.
Estamos vivos?
Procure novos culpados.

A solução vaga,
Como manes no vale sombrio.
A flora soluça,
cantigas góticas.
A resposta da derrota
ouvimos no silêncio
Da mata.

Jéssica Aline
Escrito em 2008

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Escrito em 30/07/2008 O sentimento

Tamanha desordem
que se manifesta no peito.
Tamanha tristeza,
cujo um futuro imperfeito.
Parecia vestido em mim;
e hoje já não tenho tanta certeza.
Um deslize;e nada mais.
Um erro transbordando
anti-sentimento.
Aconteceu...
E não voltaremos ao passado.
Já não sou servo
da majestade que o reina.
Já não tenho forças...
E essas pedras no meu caminho...

Suas garras de águia
Me levam ao meu mundo;
Sombrio, frio e sem vida.
E ainda me culpa,
Pelo erro cometido?



Tamanha desordem
que se manifesta no peito.
Foi um deslize;
e nada mais.
Um erro transbordando
com o sentimento.

domingo, 24 de abril de 2011

Necessidade 10/06/2008

Preciso de um canto escuro
para pensar
e esquecer que penso.
Preciso de um canto
sem tumulto
para chorar, e quem sabe,
sorrir...respirar.
Preciso de duas mãos
que peguem nas minhas
e que me ajudem a levantar.
Preciso de um abraço,
de um alguem inexistente
e que não me pergunte nada.
Preciso caminhar pela sombra.
Sentir o céu, a lua
o mar...
A constelação a meu favor.

Preciso observar as pessoas.
Receber um sorriso,
uma careta.
Um simples olhar.
Preciso caminhar no adro
e escrever sobre as almas
que ali habitam.
Preciso recordar as
esculturas góticas,
Que me permitem cultura.

Me deitarei por aqui
Não pretendo acordar
Pois não preciso,
Por enquanto não.

Autor: Jéssica Aline

sábado, 23 de abril de 2011

Sobre escrever em um blog....

Dia desses estava pensando em como parar de pensar,
é tão dificil e quase impossível.Mesmo quando achamos que não estamos
pensando em nada, estamos tramando algo em nossas cabeças...foi ai que pensei que seria muito interessante se começasse a escrever em um blog criado por mim.
E foi neste momento "avoada" que surgiu a vontade de compartilhar tudo o que vivi (Ou pelo menos parte) e mais do que tudo, o que acho sobre a vida e dos que nela vivem.Claro, a poesia é mais complexa do que penso que é; muito mais inteligente do que penso que sou;mais forte do que os próprios pensamentos.

Um dos nossos maiores poetas e o melhor: do Vale do Paraíba.Aproveitem!!

A flauta que me roubaram

Cassiano ricardo 1895-1974

Era em São José dos Campos.
E quando caía a ponte
Eu passava o Paraíba
numa vagarosa balsa
como se dançasse valsa.
O horizonte estava perto
a manhã

não era falsa
como a da cidade grande.
Tudo era um caminho aberto.
Era em São José dos Campos
no tempo em que não havia
comunismo nem fascismo
pra nos tirarem o sono.
Só havia pirilampos
imitando o céu nos campos.
Tudo parecia certo.
O horizonte estava perto.

Havia erro nos votos
mas a soma estava certa.
Deus escrevia direito
por pequenas ruas tortas.
A mesa era sempre lauta.
Misto de sabiá e humano
o vizinho acordava
tranquilo; tocando flauta.
Era em São José dos Campos.
O horizonte estava perto.
Tudo parecia certo
admiravelmente certo.